sábado, 19 de janeiro de 2019

Poupança no Feminino #3

Hoje entramos no segundo capítulo.

A forma como agimos com o dinheiro, o nosso comportamento, é uma consequência directa das nossas crenças. A forma como pensa no dinheiro, as nossas crenças, é algo que aprendemos em criança. Logo, a forma como age com o dinheiro deve-se à formação que teve nos primeiros anos de vida.
Se conseguirmos ver a nossa formação com clareza, começará a perceber por que temos estado tão paradas e frustradas quanto ao dinheiro.
Perceber a nossa formação financeira em criança é o primeiro passo para que possamos mudar alguma coisa.
Neste capítulo, passaremos algum tempo a explorar a nossa formação respondendo a um questionário pessoal sobre dinheiro. Perceber a nossa formação financeira em criança é o primeiro passo para que possa mudar alguma coisa.
Estas questões foram retiradas de um curso que a autora costuma dar. A autora diz que não há problema em copiar as respostas da colega do lado porque às vezes temos de nos ajudar a lembrar do que aprendemos em criança.
Temos de ajudar a lembrar a frase "eu sou e sempre fui assim" e transformá-la em "foi assim que me ensinaram e posso mudar o que aprendi".

Não nos podemos esquecer do nosso bloco de notas, para registarmos as nossas respostas ao questionário.
Vamos sentar-nos com o bloco e o lápis à nossa frente.

Questionário financeiro pessoal:

  1. Que idade tem? Onde vive? Com quem?
  2. Quanto dinheiro tinha a sua família? Era muito pobre? Não era pobre, mas também não era rica? Tinha posses? era mesmo rica? De que maneira se apercebeu disso quando era pequena?
  3. Tinha tanto dinheiro quanto os seus amigos? Menos? Mais? Como sabia disso?
  4. O que significa pertencer a alguma coisa? Quando era pequena sentia que fazia parte de algo? família? Amigos? Igreja?
  5. Quando precisava mesmo de alguma coisa (Por exemplo, um bloco de notas ou ténis para as aulas de educação física) a que adulto pedia? O que acontecia quando pedia?
  6. Quando queria mesmo alguma coisa, por ser divertido ou bonito, a que adulto pedia? O que acontecia quando o pedia?
  7. Quem ganhava o dinheiro para a família?
  8. Quem gastava o dinheiro da família? Quando era pequena, quem sentia que controlava e detinha o dinheiro? Tente lembrar-se de situações passadas na sua infância que a fizeram acreditar nisso.
  9. À medida que ficava mais velha, lembra-se se falavam de dinheiro na sua família, ou isso era um assunto tabu? Se falavam de dinheiro, o que se lembra de ouvir? Tente lembrar-se disso.
  10. Sentia que tinha poder ou controlo enquanto membro da família? Tinha direito a opinião ou perguntavam-lhe o que pensava sobre as compras que eram feitas, para onde se iam mudar, que tipo de casa tinham ou se um dos seis pais teria de mudar de emprego?
  11. Quando era pequena, alguma vez teve dinheiro próprio? Com que idade? Era uma mesada? Trabalhava para o ter? De que se lembra das reações dos adultos à forma como gastava o dinheiro?
  12. O que se dizia na sua família sobre as pessoas com dinheiro? As mulheres pobres eram melhores do que as ricas? ou era melhor ser rica do que pobre?
  13. Lembra-se de, quando era pequena, ser aprovada? Quando recebia elogios? quando se sentia amada?
  14. O que aprendeu sobre a necessidade de tomar conta de si?
  15. O que significa "estar segura"? Alguma vez se sentiu segura quando era pequena? Quando? Se não se sentia segura durante a infância, o que acontecia na sua família para provocar esse sentimento?
Por agora, lembrou-se de muitas coisas: algumas dolorosas, outras agradáveis, mas todas úteis. 
Analise as respostas que anotou no bloco de notas. Relaxe por um momento e respire fundo, à medida que forma na sua mente a imagem da rapariga inocente e dependente que já foi. Imagine essa rapariga, a leitora, como uma esponja que absorveu as experiências da infância. Quando era pequena absorvia e aprendia.
Aprendeu quem fazia as escolhas em relação ao dinheiro, quem tinha o poder financeiro. aprendeu como conseguir aquilo que precisava, em princípio. Aprendeu como conseguir aquilo que queria, em princípio. Aprendeu o que devia fazer para conseguir o que queria, o que outra pessoa qualquer tinha de fazer. Aprendeu o que merecia ou não. Aprendeu o que significava estar segura, em princípio.
Feche os olhos por um minuto e volte a sentir o que aquela rapariguinha viveu.
Sinta as experiências dela, a formação dela.
Anote no bloco de notas algumas palavras ou frases que expliquem o que acabou de sentir ao imaginar essa rapariga, ao imaginar-se a si mesma. Escrever ajudá-la-á a lembrar-se dessa rapariguinha influenciável e dependente. E isso fará com que nunca se esqueça de que a forma como pensa conseguir o que quer e precisa (as suas crenças financeiras) e como age com o dinheiro (o comportamento financeiro)vem da rapariga que já foi e da formação financeira que recebeu na infância.


No próximo post vamos entrar no terceiro capítulo

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