sábado, 12 de janeiro de 2019

Poupança no Feminino #2

Neste segundo post, vamos tentar perceber o que aconteceu connosco para nos sentirmos como nos estamos a sentir.

«Se estiver suficientemente frustrada para pegar neste livro e se a sua sensação de frustração não advier do facto de não se achar inteligente, então... o problema vem da sua educação financeira.
"Que formação financeira?" perguntará.
Exactamente! O problema é esse: não teve nenhuma formação positiva e útil em relação ao dinheiro.»

Segundo a autora, as suas crenças em relação ao dinheiro e à forma como o gere, assim como o seu comportamento em relação a ele, são um reflexo do que aprendeu desde a infância.
Em criança, provavelmente nem se apercebeu de que estava a aprender a lidar com dinheiro. Aprendeu com o que observou e com o que ouviu dos seus pais, professores, familiares e amigos.
Ouviu comentários feitos por adultos. Aprendeu com imagens da televisão e de revistas. O que se aprende dessa forma é guardado como sendo verdadeiro, mesmo que não o seja,

Também, segundo a autora, o que aprendemos sobre dinheiro - a nossa formação financeira- não é mais do que um reflexo das actitudes, valores e crenças das pessoas e da sociedade que nos criaram.
A sua formação financeira é um espelho que reflecte as actitudes e crenças financeiras da sua mãe. Reflecte igualmente as actitudes e crenças financeiras do seu pai, que podem não ser iguais às da sua mãe.

A sociedade em que vive ensinou-lhe muito como uma mulher se deve comportar com o dinheiro, o que deve ou não fazer, o que pode ou não fazer.
Como o dinheiro é aquilo que trocamos em sociedade para conseguir o que queremos e aquilo de que precisamos, essa formação de infância afecta-nos profundamente.

As crianças aprendem com a formação que têm. Nessa altura, as meninas são como esponjas. Absorvem a forma como as pessoas reagem quando querem ou precisam de alguma coisa.
Absorve-se tudo o que se ouve sobre como os outros conseguiram o que queriam e lhes fazia falta.
Observa-se e ouve-se. Até se pode absorver medo...vergonha. Podem-se absorver muitos sentimentos de que não se merece algo e de que se é incompetente.

A sua formação financeira na infância determinou as suas actitudes e crenças sobre como conseguir o que quer e aquilo que se precisa na idade adulta. Além disso, essa formação determinou as suas actitudes e crenças em relação ao direito a conseguir o que quer e o que lhe faz falta.
Essa formação de infância criou as suas actitudes e crenças pessoais em relação ao dinheiro:
O que mereço?
Sou suficientemente inteligente?
Tenho de ser eu ou outra pessoa fará isto por mim?
Quando acham os outros que me estou a portar bem?
Quando sou digna de amor?
Quando sou aceitável?
Quando me sinto segura?

Essas mesmas actitudes e crenças em relação do dinheiro controlam os seus comportamentos financeiros na idade adulta:
Porque gasto sempre mais do que tenho?
Porque nunca consigo equilibrar o que tenho na conta?
Porque me custa tanto manter um orçamento?
Porque me custa tanto sentar e tratar das contas?
Porque fico tão furiosa por ter de tratar das contas?
Porque me custa tanto pagar as minhas contas?
Porque nunca me adianto?

Se quer mudar o seu comportamento financeiro, não comece por tentar mudar o próprio comportamento. Isso nunca funcionará. O comportamento não muda.
não se consegue obrigar a deixar de gastar. Não se pode obrigar a não ficar zangada quando paga as contas. Não se pode obrigar a equilibrar o saldo no banco.
Isso nunca funcionará.

Se quiser mudar o seu comportamento financeiro, tem de começar a explorar a sua formação financeira na infância e questionar-se:
"O que aprendi sobre o dinheiro e quando aconteceu isso?"
Quando compreender o que aprendeu sobre dinheiro, pode então identificar as suas crenças específicas sobre ele. Estas crenças são a sua resposta directa e pessoal à sua formação financeira na infância; são elas que controlam os seus comportamentos financeiros na vida adulta.
Identificará essas crenças adquiridas  e também os seus comportamentos financeiros de adulta mais à frente. 
É possível mudar a sua vida financeira.

«As suas crenças e comportamentos financeiros são consequência da formação que teve em criança.
Não são o resultado de nenhum problema ou defeito inerente a si. Se conseguir atingir este nível de aceitação, será capaz de começar o processo de mudar as suas crenças e comportamentos financeiros. Começará a questionar-se: "Como cheguei a este ponto"» 

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